Há mulheres que, quando se separam, desabrocham feito flor em botão que demorou a se abrir porque havia muita sombra. O homem que estava com ela emcobria-lhe a luz. Assim, se afastando, ela desabrocha e, faceira flor, dirige sua corola para o sol.
Há homens que, enquanto elas desabrocham, brocham.
Há também mulheres que quando se separam, murcham. Se havia flor em botão ou botão em flor, cai. Se havia um beija-flor, um gato malvado devora-lhe o biquinho.
E há homens que, enquanto suas ex-mulheres murcham de tanto chorar, eles gozam a liberdade e fartam-se de novo, em êxtase total.
Há homens e mulhers que nem murcham nem desabrocham, continuam sendo o que eram, um tanto mais livres, um tanto mais solitários.
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