A química explica: hormônios, feromônios, essas coisas. A psicanálise nos fala em projeções, transferências, essas coisas. Algo que lembra o pai, algo que lembra o que a família valoriza, algo que lembra o que um dia busquei... sei lá: encantamento!
é um estado que se deve valorizar!!
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Mais um rascunho e uma pista de que eu definitivamente sou incorrigível, como diz minha grande e velha amiga Naná. Não que ela seja velha, nossa amizade é que é antiga. Não sejamos etaristas.
No entanto - era um estado de encantamento - e eu estava ou me sentia enfeitiçada. Caí na cilada, saltei no precípicio e não tinha instrumentos suficientes para amortecer a queda. Sobrevivi por teimosia. Tornei-me, depois disso, bem menos incauta.
Minha atual analista sugere que eu mergulhe na leitura de Eros e Psiquê. Tantas vezes já visitei a trajetória mitológica deste casal que hoje denomino um tanto quanto heteronormativo demais, eurocentrico demais, branco demais. Ando achando-os meio blasè. Ou blasè sou eu com este tipo de pensamento rotulador. A ANAlista me disse que estes arquétipos transcendem culturas, algo assim. Estou refletindo sobre isso. Sinto vontade, ultimamente, de buscar outras referências sobre amor. O que nos contam a diversidade de mitos dos povos africanos dos povos indígenas a respeito do amor. De qualquer forma, creio que de lá pra cá avancei.
O que na época eu não me dei conta é que a psicanálise também fala dos sintomas que se conectam. Só depois de sintoma repetindo abrindo as portas do trauma é que olhei pra isso.