Domingo de sol em Porto Alegre, tempo abafado anunciando uma chuva que a oficial previsão do tempo não confirmou. Parece que muita gente resolveu ir ao parque curtir o dia de folga, borboletear pelo domingo entre pipocas, balões, bandeiras dos candidatos, crianças, cachorrinhos...
Estávamos caminhando, as crianças na pracinha sob o olhar cuidadoso da amiga. De repente, uma explosão, chamas, gritos, labaredas, pessoas caídas no chão. O meu pensamento trágico ja conclui apressadamente tratar-se de uma bomba! Quem sabe algum maluco resolveu dar cabo a este sistema hipócrita num raio de 10 m.
Na verdade, o botijão de gás da barraquinha de churros é que foi pro espaço, machucando algumas pessoas que por ali passavam, que estavam sentadas no banco, que estavam na fila de churros no domingo ensolarado. Seguiu-se uma grande movimentação: bombeiros, ambulâncias, políciais. Curiosos se amontoavama enquanto os feridos, dentre os quais crianças, muito assustadas, choravam deitadas no chão.
Outras pessoas iam embora, indignadas, com caras de "poderia ter sido comigo".
Sim, podeira ter sido com qualquer um de nós que por ali passamos.
E o domingo se vai, nublado, deixando rastros de cinza pelo chão do parque.
Tivemos sorte, desta vez não foi conosco. Viver e sair ileso das pequenas tragédias de todos os dias é ralmente algo par comemorar.
Mas acidentes sempre poderiam ser evitados: de quem é a responsabilidade?
Nenhum comentário:
Postar um comentário